Os relatórios setoriais apresentados até a manhã desta segunda-feira (13) na Comissão Mista de Orçamento (CMO) sugerem R$ 18,4 bilhões em emendas individuais e coletivas ao Orçamento da União para 2022 (PLN 19/2021). Das 16 áreas temáticas analisadas por senadores e deputados, 14 já contam com documentos disponíveis.
A CMO aprovou na semana passada cinco relatórios setoriais: Justiça e Segurança Pública; Ciência & Tecnologia e Comunicações; Meio Ambiente; Minas e Energia; e Mulheres, Família e Direitos Humanos. Juntos, os relatores dessas áreas acatam emendas que somam R$ 801,4 milhões.
O senador Jean Paul Prates (PT-RN) ficou responsável pela área de Minas e Energia. O parlamentar remanejou R$ 22,5 milhões da Centrais Elétricas do Norte do Brasil (Eletronorte) para promover a ampliação do sistema de transmissão de energia elétrica. “É um dos principais gargalos para a agregação da região Norte ao Sistema Interligado Nacional”, explica Prates.
Outros nove relatórios foram apresentados e estão sendo votados nesta segunda-feira na CMO. Eles tratam dos temas Infraestrutura; Saúde; Desenvolvimento Regional; Educação; Cidadania e Esporte; Agricultura; Turismo e Cultura; Economia, Trabalho e Previdência; Poderes. Os relatores dessas áreas temáticas acataram emendas que somam R$ 17,6 bilhões.
Dos novos documentos, quatro foram apresentados por senadores. O responsável pela área de Economia, senador Ângelo Coronel (PSD-BA), acolheu R$ 3,2 bilhões em emendas. Ele destaca que, por conta da escassez de recursos, “muitas demandas deixaram de receber dotações compatíveis com sua importância na promoção do desenvolvimento nacional”. Coronel sugere que R$ 74,8 milhões cortados de investimentos para a máquina administrativa sejam aplicados em áreas sociais.
“É imprescindível reduzir os custos administrativos e aplicar os recursos servindo à sociedade. Mais especificamente, sugiro a aplicação dos recursos disponibilizados em ações e serviços públicos de saúde, em clínicas, em escolas técnicas voltadas à educação profissional, no esporte, em infraestrutura urbana e na promoção do desenvolvimento regional e territorial”, recomenda.
A senadora Simone Tebet (MDB-MS) acatou sugestões de despesas no valor de R$ 2,1 bilhões para o setor de Desenvolvimento Regional. Ela destaca que, embora seja 18,5% maior do que o valor proposto em 2021, o Orçamento previsto para 2022 representa apenas 47,7% do montante efetivamente autorizado neste ano.
“O panorama revela um padrão que vem se aprofundando desde 2019: elevado aporte de recursos ao setor por meio de emendas parlamentares e reforço adicional pelo Poder Executivo ao longo do exercício, por meio de créditos adicionais. Em 2021, o Congresso Nacional mais do que dobrou o valor da proposta orçamentária do Ministério do Desenvolvimento Regional, com aporte adicional de R$ 8,4 bilhões sobre os R$ 6,5 bilhões propostos inicialmente”, explica a parlamentar.
Educação e Turismo
O relator setorial de Educação, senador Wellington Fagundes (PL-MT), acolheu sugestões de despesas que somam R$ 1,4 bilhão. As emendas coletivas priorizam ações como suporte à educação básica, retomada de obras inacabadas, apoio à infraestrutura das escolas, reestruturação de universidades federais e hospitais universitários e modernização do ensino de educação profissional e tecnológica.
Fagundes fez uma série de recomendações ao relator-geral do Orçamento, deputado Hugo Leal (PSD-RJ). O senador sugere a recomposição de dotações canceladas e a alocação de recursos adicionais para o Ministério da Educação, além da criação de cargos e funções para universidades federais e institutos federais de educação profissional e tecnológica que podem ser criados ao longo deste ano.
O senador Weverton (PDT-MA) é relator da área de Turismo e Cultura. Ele acolheu R$ 226,3 milhões em emendas. No caso das individuais, ele priorizou a assistência financeira da União para iniciativas locais, como apoio a projetos de infraestrutura turística e promoção e fomento à cultura brasileira.
“Para as emendas de comissões, resolvemos priorizar duas ações mais importantes do Ministério do Turismo: apoio a projetos de infraestrutura turística; e implantação, instalação e modernização de espaços e equipamentos culturais, nelas alocando a maior parte dos recursos. O restante foi distribuído igualmente entres as outras emendas”, detalha Weverton.
Fonte: Agência Senado
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